Dezembro chegou e assim como tantos outros, o último mês do ano também está no calendário colorido
a fim de lutar por uma causa. A campanha Dezembro Verde entrou no calendário oficial de Montes Claros através da Lei Municipal nº 5.416/2021.
Eu gostaria muito que ela recebesse do executivo – e até mesmo dessa casa – a mesma atenção que ele dá a outras campanhas do tipo. Não só porque é uma lei de minha autoria, mas porque é urgente e necessário estimular a discussão e a conscientização sobre abandono e maus-tratos aos animais na nossa cidade.
Porque por mais que eu me esforce em realizar eventos de castração no município, as ruas continuam abarrotadas de animais abandonados. Essa semana deixaram 3 filhotes com pouco mais de um mês na minha porta, uma covardia!
É preciso alertar sobre esse problema recorrente e que se agrava a cada ano no Brasil, que são os nefastos atos de abandono de animais, especialmente nesses períodos de férias e de festas.
Nossa sociedade vive uma contradição: de um lado os animais são tratados como membros das famílias, e de outro, devido à irresponsabilidade humana, eles são descartados como lixo, jogados fora de casa como entulho.
Graças a Deus e às pessoas sensíveis, existem os protetores de animais que fazem voluntariamente a ação que deveria ser prioritariamente dos poderes públicos constituídos. A propósito, ontem, foi o dia internacional do voluntário e aproveito a data para parabenizar todas essas pessoas que lutam para tornar a sociedade um lugar melhor.
Todo meu apoio e reconhecimento, especialmente, ao trabalho árduo dos voluntários da causa animal, que muitas vezes dão mais do que tem para salvar a vida de animais em situação de risco.
Por isso mesmo, entrei hoje com um requerimento solicitando celeridade para liberação do recurso do EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO 03/2021 para seleção de projetos ambientais do CODEMA. Três entidades de proteção animal foram contempladas e há meses aguardam esse recurso para iniciar, ou melhor, continuar com os seus projetos.
É preciso lembrar que as vidas que dependem dessas entidades, não podem esperar. A fome tem pressa! E o número de animais nessa situação só aumenta. É desesperador para um protetor não ter como comprar ração para os animais, da mesma forma que é para um pai não poder alimentar seus filhos.
E não é só isso… A ração é um insumo que frequentemente tem o preço reajustado, então a quantidade cotada para compra em fevereiro, dificilmente conseguirá ser adquirida em dezembro. Então, gostaria muito de contar também com a sensibilidade do secretário de meio ambiente, nosso colega Soter Magno, para que isso aconteça o quanto antes.
E para finalizar, quero reforçar o convite para a sessão especial hoje, às 19 horas, em homenagem aos 10 anos do Hospital Universitário Veterinário Renato Andrade, aqui nesta casa.
Conto com a presença de todos vocês!