Infelizmente, esse movimento conservador – para não dizer reacionário, nos faz parar no tempo! Assim como estão parados, engavetados, os Projetos de Lei que protocolei em prol da comunidade LGBTQIAP+.

Fica claro o desconforto profundo sentido por essa casa, no uso da sigla “LGBT”.

Mas a população LGBTQIAP+ existe, é importante e precisa ser valorizada em toda a sua diversidade, como parte do povo brasileiro. A luta pelo reconhecimento dos direitos da comunidade LGBTQIAP+ começou há mais de 50 anos, e continua até os dias de hoje, ainda com diversos desafios a serem superados.

O preconceito que precisamos combater hoje é muito mais insidioso que a violência sofrida. É o preconceito de pessoas bem-intencionadas que não são conscientemente ou intencionalmente preconceituosas.

O preconceito que precisamos encarar de frente é o preconceito quando deixamos de enxergá-lo onde ele está presente, quando continuamos a agir como se as orientações sexuais e identidades de gênero fosse um problema exclusivamente dos LGBTs.

Amanhã, dia 28 de junho, é o Dia Internacional do Orgulho LGBT. Do ponto de vista linguístico, o termo “orgulho” designa o amor próprio ou a estima que a cada pessoa tem de si mesma como merecedora de respeito ou consideração. Esta definição transmite a ideia de uma dignidade intrínseca que todo ser humano possui e que não deve se ver afetada por sua orientação sexual nem por sua identidade de gênero.

A noção básica do “orgulho LGBT” reside em que nenhuma pessoa deve se envergonhar do que é, seja qual for sua orientação sexual ou sua identidade de gênero. Surge ainda como uma resposta POLÍTICA para diferentes mecanismos que o sistema tradicionalista utiliza contra quem se “desvia” da heteronormatividade: a vergonha, a exclusão e as agressões físicas que podem chegar até a morte da vítima.

E nesse dia, eu quero me dirigir a essa população que historicamente vive em uma situação de preconceito, de exclusão, de violências e um conjunto de graves violações dos direitos humanos: NÓS EXISTIMOS E NOSSAS VIDAS IMPORTAM!

Nós não podemos normalizar a violência que nos mata e nos fere. Não podemos parar de nos revoltar contra essas situações.

E é dever de todas e todos ajudar a combater essas violências. Infelizmente não vamos resolver esse problema somente com a conscientização. Ela é parte, claro, dessa mudança. Mas é preciso que pensemos políticas estruturantes para enfrentar essa situação de maneira sistemática.

Que possamos vencer o ódio, o preconceito e a ignorância.

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Ceci Protetora

Candidata a vereadora pelo partido Progressista.

Vote 11.456

Eleicao 2020 Cecilia Meireles Ferreira Vereador • CNPJ: 39.025.241/0001-20 • Montes Claros/MG