A Polícia Civil concluiu que o homem encontrado ferido no quintal de casa foi vítima de um ataque do próprio cachorro. O chefe da Delegacia de Homicídios, Bruno Rezende, classificou o episódio como uma fatalidade.

“O que a gente percebe é que esse animal atacou o dono logo que ele entra na residência e ele ficou muito tempo sem socorro médico”, fala o delegado, que ainda afirma que os vestígios encontrados na casa, como marcas de sangue no portão e muro, reforçam que o ataque ocorreu logo quando a vítima chegou no imóvel.

Rezende ainda diz que os tipos de ferimentos e as condições nos quais as roupas e a carteira do homem foram encontradas também eram compatíveis com um ataque. Todos esses aspectos foram levantados com base em laudos periciais.

“A gente percebeu que não houve incentivo a esse animal e inclusive não havia histórico de violência por parte desse cachorro. Ele foi recolhido pelo Centro de Controle de Zoonoses e o relatório que os médicos veterinários encaminharam para gente é de que esse animal não apresentava comportamento violento e não tinha sinais e traços de violência. Foram feitos exames e não se constatou calazar ou qualquer outra doença naquele momento.”

O delegado fala ainda que não dá para saber o que motivou o cachorro a cometer o ataque, já que a vítima morava sozinha. Uma hipótese é que o cão não tenha reconhecido o dono, que chegou em casa de madrugada, após uma festa.

Bruno Rezende destaca que os policiais não encontraram vestígios de crimes na casa e que as pessoas que deixaram o homem no local disseram ainda que ele não se envolveu em nenhuma confusão. Além disso, a vítima não possuía nenhum antecedente criminal.

A partir da constatação de que não houve um crime, a Polícia Civil enviou ao Ministério Público o pedido de arquivamento do caso.

Sobre o caso

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, Fernando Amauri Ferreira, de 57 anos, foi encontrado pela ex-companheira. Ela contou que chegou na casa dele junto com a filha.

A mulher disse à PM que percebeu que o homem estava caído no quintal ao levantar a tampa da caixa de Correios. Ela não conseguiu entrar no imóvel e ligou para um outro filho, que arrombou o portão, prendeu o cachorro e acionou as equipes de socorro.

Consta no registro da PM que o homem foi questionado pelos familiares se os ferimentos haviam sido causados pelo cão, mas não respondeu. Ele tinha vários ferimentos pelo corpo e recebeu os primeiros atendimentos do Samu, mas morreu após sofrer parada cardiorrespiratória.

“Quando os socorristas chegaram ao local, identificaram que o paciente apresentava deformidades e ferimentos na cabeça, aparentemente causadas por animal. Durante o atendimento, a vítima entrou em parada cardiorrespiratória e foi reanimada por equipes do Samu, ainda no local. Devido à gravidade, o homem não resistiu e faleceu no local”, informou o Samu por meio de nota.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros também foi acionada e capturou o cachorro. “O cachorro foi trancado em um cômodo nos fundos da casa e estava tranquilo no momento da captura, só ficou mais agressivo quando chegamos com ele no Centro de Controle de Zoonoses. O filho contou que a vítima tinha esse cão há mais de três anos e o animal era tranquilo”, disse o sargento Luiz Eduardo Pimentel, que atuou na ocorrência.

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