É muito bom poder voltar aos trabalhos na Câmara, mas hoje inicio minha fala com um lamento profundo por um ser humano admirável, de enorme sensibilidade e que deixa um imenso legado com seus exemplos na luta como ambientalista e protetor de animais. Ontem perdemos o Sr. Américo Martins Filho que morreu aos 81 anos, vítima da Covid-19.
O Sr. Américo também deixa mais de 400 animais que estavam sob sua guarda, todos resgatados das ruas, vítimas de maus-tratos. Que todo esse amor e genuíno compromisso que o Sr. Américo tinha em zelar pela dignidade dos animais possa se tornar inspiração para nossa sociedade.
Nesse sentido, dediquei a ele o projeto de lei que protocolei hoje sobre animais comunitários. O reconhecimento de que esses animais fazem parte da nossa sociedade possibilita oferecer condições mínimas de qualidade de vida, um ambiente e uma convivência mais harmônica entre animais e seres humanos.
As ONGs e protetores independentes estão no limite de suas capacidades e não conseguem mais solucionar todos os problemas relacionados aos cães e gatos de rua. A sociedade precisa ter uma postura mais cidadã e contribuir de forma eficaz e prática auxiliando nos cuidados desses animais!
A adoção dos animais comunitários pela comunidade vai auxiliar na redução e controle da população canina e felina de rua, atuando de forma preventiva no combate as doenças.
A situação dos equídeos, asininos e muares na cidade também é preocupante. O número de denúncias de maus-tratos é crescente, inclusive no Curral Municipal! No final do mês passado estive averiguando uma denúncia por lá e felizmente não procedia, mas pude constatar as PRECÁRIAS condições e estrutura do local.
Essa situação me deixou bastante preocupada, então anuncio que consegui uma verba de 100 mil reais para realizar o projeto, que me foi apresentado na oportunidade, para melhorar o manejo desses animais. Agradeço imensamente ao Deputado Gil Pereira que vem se mostrando sensível a causa e, atendendo a minha solicitação, prontamente destinou uma emenda para esse projeto.
É preciso criar meios de possibilitar a identificação desses animais, para conseguir responsabilizar seus tutores quanto a manter controle sobre eles e permitir uma melhor e maior fiscalização desses atos.
E para finalizar, quero reforçar a importância de cada um continuar fazendo sua parte no enfrentamento da COVID-19, principalmente nesse momento de medidas menos restritivas em Montes Claros, que vão permitir a retomada das atividades comerciais: distanciamento, máscaras, higienização e vamos à luta!